quarta-feira, 25 de julho de 2012

I`m not playing yoga



Acontecem coisas que não tenho mais paciência.
Vamos crescendo...
Tendo experiência...
Aprendendo a lidar.
Mas depois que vem o aprendizado,
E junto com ele muitos testes,
E "sou aprovada"...
Ok, passamos para a próxima lição.
E assim vai.
Assim continua o ciclo.
Sempre aparecerão histórias novas.
E movimentos inesperados.
Desafios imaginados.
E ilusões criadas.
E o sentido de seguir em frente,
Vem no momento que algo acontece.
Por dentro.
Onde há uma mudança.
Uma criação.
Um nascimento.
Para que o ciclo esteja completo.
Sem mais testes sobre o mesmo tema.
Sem crises sobre o que foi deixado.
Sem saudade do passado.
Nem medo de não ter um futuro
Planejado.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Ignorância


Qual o sentido da vida?
Em meio a tanta ignorância.
Como tudo pode ser tão instável?
Mesmo que um busque a paz interior.
Mesmo estando no caminho correto.
Mesmo partindo do princípio que deixou o mundo.
Mesmo se esforçando diariamente.
Mesmo dando o máximo de si até chegar no limite.
Mesmo se distanciando de todos.
Parece que de nada vale.
E que tudo que se conquista, se perde em 1 segundo.
E olhando para a ignorância do outro...
Ao olhar para a própria ignorância,
Não há diferença entre a sua e a do outro.
É tudo a mesma merda.
Parte do mesmo princípio.
E nasce no mesmo lugar.
Aquele que você julga.
É tão ignorante quanto você.
Se distanciando do ser que é pleno.
Entrando no obscuro do ser que não quero mais ser.
Não sei porque.
Nem qual é o sentido.
Se perder.
Se encontrar.
Hoje eu cansei.
Me pergunto...
Para que viver com tanto lixo,
Se sabemos que um dia vamos morrer?
Hoje pode ser o ultimo dia.
Ou o primeiro.
E dá no mesmo.
Nada muda.
Só o impermanente.
A ignorância persiste.
A plenitude persiste.
Difícil não se apegar aos raros dias de total "bliss".
Mas tudo bem, quem sabe amanhã a paz venha de novo?
Afinal, como diz meu pai, tudo passa...

Canto para que volte a luz...

Mahamrityunjaya Mantra

Om Tryambakam Yajamahe
Sugandhim Pushtivardhanam

Urvarukamiva Bandhanan
Mrityor Mukshiya Maamritat



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Solte a capa protetora


Liberar os ombros
Liberar a mente

Dos pensamentos
Do passado inconsciente
...





Wise Bhagavan




"You must exist in order that you may think. 
You may think these thoughts or other thoughts. 
The thoughts change but not you. 
Let go the passing thoughts and hold on to the unchanging Self. 
The thoughts form your bondage. 
If they are given up, there is release. 
The bondage is not external. 
So no external remedy need be sought for release. 
It is within your competence to think and thus to get bound or to cease thinking and thus be free".
Sri Ramana Maharshi

Você deve existir para que você possa pensar.
Você pode pensar esses pensamentos ou outros pensamentos.
Os pensamentos mudam, você não.
Deixe ir os pensamentos que passam e segure o Self imutável.
Os pensamentos formam o seu cativeiro.
Se eles são entregues, há libertação.
A escravidão não é externa.
Assim, nenhum remédio externo precisa ser buscado para o alívio.
É de sua competência pensar, e assim, estar vinculado ou deixar de pensar e, portanto, ser livre.


Surrender, por Sri Ramana

"If you surrender yourself to the Higher Power all is well. 
That Power sees your affairs through. 
Only so long as you think that you are the worker you are obliged to reap the fruits of your actions. 
If on the other hand, you surrender yourself and recognise your individual self as only a tool of the Higher Power, that Power will take over your affairs along with the fruits of actions. 
You are no longer affected by them and the work goes on unhampered."


Sri Ramana Maharshi & cow Lakshmi



Se você se entrega ao Poder Superior está tudo bem.
Esse Poder vê através de seus assuntos.Enquanto você pensar que você é o trabalhador, você é obrigado a colher os frutos de suas ações.
Se, por outro lado, você se entrega a si mesmo e reconhece o seu Eu individual como apenas um instrumento do Poder Superior, esse Poder irá assumir seus assuntos junto com os frutos das ações.
Você não está mais afetado por eles e o trabalho segue desimpedido.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Surrender


Para ir de cabeça tem que haver entrega profunda.
Parece que quando acho que estou entregue, já vem o teste em seguida dizendo que ainda falta muito.
Os pensamentos gritam alto, e vão alternando:
A dor; o cançaso; a chuva; o vento; o lugar; o espaço; o cheiro; o chão; o mosquito; a mosca; o gato; a formiga; o calor; o frio; o seco; o umido; …
Sei que é a mente, mas como faço se ela chega susurrando e depois grita alto?
Para onde vai a entrega?
Onde fica a fé?
O que prevalece nesse assunto interno?
A quietude após o instante de silêncio.
Os momentos de introspecção que somos colocados.
As respostas que exigimos quando questionamos com frequência.
A entrega de corpo e alma à existência.
O saber que nada sabemos.
E nada somos.
Além de pura criação.
E projeção mental.

Ser com cabeça



Jeito de ser
Forma de agir
Maneira de pensar
Gestos de um olhar
Ato de falar
Forma humana de reacionar
Algo para expressar
Sem saber filtrar
Esquecer
E julgar
Gostar
E não gostar
Desejar
Odiar
Momento de introspecção
Olhar para dentro
Na intensidade do momento
E voltar ao coração
Onde estou me perdendo
O que estou querendo
Se alguém não está gostando
Procure quem está buscando
Antes que o tempo se perca
Na ausência
Da presença
No ato
Do contato
Na mirada
Da estrada
Na lida
Da vida
No limitado
Do pensamento
Na liberdade
Da mente



Freedom of


There is no limit for the reality.

People search for freedom

Withought know…

Freedom of what


Entrego e vôo


Entrego
Aceito
Confio
Agradeço

Frase do Mestre Hermógenes, que guia para o caminho que devemos seguir.
Tudo se resume em renuncia.
O caminho da espiritualidade tem base aí.
Sempre que estudei sobre a renuncia, pensava…ah, parece simples, é só deixar as coisas.
E percebi como ficava difícil na prática, já que nada está isolado, e um ato implica em muitas consequências.
Em algum momento resolvi passar por uma mudança radical, tudo junto. Deixei de sair, me afastei de amigos, terminei namoro, parei de beber, não passava perto de churrasco, comecei a praticar ashtanga todos os dias, deixei a advocacia, comecei a dar aulas,… e muitas emoções fortes no caminho. Tudo isso em 1 ano.
Resolvi vir a India sozinha.
E no meio de muita loucura e descobertas, deixando, encontrando, buscando, me perdendo.
Descobri que só o ato de deixar não basta para ser renuncia.
Isso é um processo.
A renuncia vem com a liberdade adquirida através da experiência de deixar, saber largar, soltar.
Renuncia é entrega.
Deixar ir.
Se permitir.
Sem esperar.
Relaxar.


Voa como um pássaro que plana acima do mar, 
que tem a experiência das marés e correntes, 
e assim sabe para onde o vento sopra. 
E confia.

Aventura


Acho que nasci para isso!

Monsoon em Goa, é diferente de todo calor que já vivi.
Em abril, muito sol e calor umido. Daquele que precisa de 5 banhos por dia, e a água sai quente.
A praia uma sauna, cheia, também com água quente.

Em maio o calor se mantém, e vai aumentando no fim do mês.
Não dá muita vontade de comer, e a cada movimento é muito suor.
Varrer, lavar, cocinar, suor…
A prática é ótima, desintoxica pelos poros. Mas o calor é potencializado e tudo fica mais intenso.
Não vejo a hora da abençoada chuva. Sem ela nada sobrevive.

Na primeira semana de junho, junto com a lua cheia, veio a primeira chuva.
Como abertura da nova temporada, um sunset especial, show de cores nas nuvens. Um espetáculo da felicidade da natureza.
As primeiras gotas, num calor abafado, descendo o morro, me fazem lembrar de casa. Nasci n aterra da garoa e amo a água que cai do céu e faz brotar a vida.
Em poucos dias de chuva, ainda não tão umido, já se percebe que tudo vai ficar verde.

E em um mês de chuva, começo de julho, já é um pasto.
Green Goa.
Novos tons de verde, tipos de mato, musgo, flores, arvores e animais felizes.
Tudo está fechado, então é momento de ficar em casa, quieto, tranquilo.
Fazer almoço, criar receitas, aprender com os amigos, compartir, aprender no silêncio.
Sair de manhã na chuva para praticar é a aventura maior. As vezes não se vê nada e tem tempestade, com vento do mar.
Com capa de chuva, pé molhado, frio e calor, cheiro de umido na cama, na casa, na roupa, no mat, no shala, com chão molhado, mat encharcado, com uma energia quieta entre poucas pessoas, cada um na sua, em sua própria cave interior. Abençoados e protegidos pelo Mestre.