Para ir de cabeça tem que haver entrega profunda.
Parece que quando acho que estou entregue, já vem o teste em
seguida dizendo que ainda falta muito.
Os pensamentos gritam alto, e vão alternando:
A dor; o cançaso; a chuva; o vento; o lugar; o espaço; o
cheiro; o chão; o mosquito; a mosca; o gato; a formiga; o calor; o frio; o
seco; o umido; …
Sei que é a mente, mas como faço se ela chega susurrando e
depois grita alto?
Para onde vai a entrega?
Onde fica a fé?
O que prevalece nesse assunto interno?
A quietude após o instante de silêncio.
Os momentos de introspecção que somos colocados.
As respostas que exigimos quando questionamos com frequência.
A entrega de corpo e alma à existência.
O saber que nada sabemos.
E nada somos.
Além de pura criação.
E projeção mental.
Somos tudo, somos nada! Somos o mistério à procura de ser descoberto...
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