sábado, 29 de janeiro de 2011

Vida louca

"Vida louca vida
Vida breve
Já que eu não posso te levar
Quero que você me leve
Vida louca vida
Vida imensa
Ninguém vai nos perdoar
Nosso crime não compensa"



Vida louca vida
Cazuza

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Lição de desapego


Você não possui nada.
Nada foi, não é, e nunca será seu.
Tudo que veio, apareceu para ti e já passou.
Passado, presente, futuro, passagem.
Esteja pronta para dizer tchau quando o momento de ir chegar.
Isso não há como evitar.
A vida é bela.
Intensa.
Eterna.
Mas a ela você não deve se apegar.
Esse corpo que você cuida, pratica, também não é seu.
Não é você.
É passagem.
Desenvolva sua prática profundamente.
Sem apego a ela e ao corpo, as dores são passageiras também, e o progresso pode ser profundo quando há consciência da liberdade.

Dez dias


Ainda em Tiru, muito mais tempo que o previsto, entregues à força de Arunachala, Hara não se sente bem, não pratica a dias, se sente fraco... Quero ir embora!
Ok, nós três entramos em acordo, vamos resolver tudo por aqui e vamos no domingo. Compras, encomendas, pagamentos...business na Índia não é fácil.
Programamos a ida para domingo ou segunda, alugamos a casa que estávamos para uma australiana, Mary.
Passam-se os dias, não resolvemos tudo e nos damos conta que não faz sentido ir a 2 dias antes da lua cheia. Quero fazer pradarkshana ao redor de Arunachala!
Então, resolvemos mais uma vez ficar, vamos quinta-feira.
Ligo para Mary, para comunica-la, porém ela já tinha se programado e não teria para onde ir. Assim, ou vamos correndo ou buscamos outro lugar... Ficamos, claro.
Dividi a casa com Mary, e eles se mudaram para uma casa no campo. Resolvemos todos os negócios, compramos passagem de bus para quinta às 10h30, reservei taxi com Ganesh para nos pegar em Bangalore e avisei a casa em Mysore que estava chegando.
Na quarta, com Tiru lotada de pessoas, num fim de tarde lindo, com a lua incrivelmente cheia, amarelada, 1h antes de fazer a caminhada, estou no centro resolvendo algo e vamos no chai stand. Olho para frente e tenho como uma miragem: Andrés (!!?)
Não creio, como podemos encontra-lo no ultimo instante por aqui, se vamos embora amanhã?
Ele nos diz que ficaria só 2 dias, com um grupo de turistas do Chile, depois seguiria viagem e volta a Tiru no fim do mês.
Vamos ficar com ele, 2 dias não mudam em nada a ida a Mysore. Claro! Ficamos...
Mudamos a passagem para Sab.
Nos juntamos com alguns amigos para fazer a caminhada a noite. Foi muito especial, mais um daqueles momentos que é impossível descrever em palavras.
Lua cheia linda, iluminando todo o caminho; milhares de indianos caminhando juntos; uma organização desorganizada que só se passa na Índia; devotos fazendo filas para dar a volta ao redor dos inúmeros templos que tem ali; fogo aceso em cada ponto sagrado do caminho; musica; mantras; pedintes; peregrinos; famílias; todos descalços; Arunachala Shiva sendo cantado por todo caminho; tendas com comida, chai, DVD, cd, roupas, palm reading, encantador de cobras, insensos; e muita devoção num ambiente cheio de luz e elevação, protegidos pela montanha sagrada todo o caminho. 14km. +- 4h de caminhada.
Resultado: felicidade no coração.
Passamos toda a quinta com Andrés, conversamos muito. O considero como uma pessoa bastante importante no meu processo, na minha história com o yoga, muito da minha prática mudou desde que o conheci, aprendi os cantos védicos e sua experiência e conhecimento são profundos.
Diante de vários questionamentos que apareceram durante essa viagem, muitas resoluções internas e o mais importante que tenho (temos) seguido é o coração.
Assim, vem as respostas mais claras e simples.
Talvez precisamos ouvir de quem confiamos: escutem o coração meus queridos, não a mente.
E este está sendo o enredo dessa trip toda. Nada muito racionalizado e planejado, e sim sentido e entregue.
Mudança de planos, mais uma vez.
Seguimos na sexta pela manhã com Andrés e seu grupo de turistas num bus para Auroville e Mamallapuram, onde ficamos por 2 noites. Consideramos essa parada como o limbo. Para refletir sobre a saída repentina de Tiru, de uma forma totalmente não imaginada, imprevista. Como tem sido desde o princípio.
Refletir também sobre o presente: o que estamos fazendo nesse lugar? Que tem uma energia estranha, totalmente diferente de onde estávamos, cidade turística que não entendi direito por que. Uma energia parada. Mas estávamos bem. Decididos. Felizes. Esperando o next step da trip... Goa.
Embarcamos domingo.
E aqui estou, sobrevoando a praia, pronta para o desembarque. Com muita vontade de mergulhar na prática com Rolf e na praia.
Enjoy!!



segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Renúncia

Pode-se mudar uma situação de várias formas, por “n” motivos.
Isso depende de alguns fatores que tomamos como importantes, como:
- princípios
- valores
- desejos
- destino
- imprevistos
- escolhas
- oportunidades
- objetivos
(...)
E de acordo com cada escolha, há uma conseqüência distinta.
Muda o decorrer da sua própria história.
Qual o enredo?
O que lhe atrai?
O que você quer de verdade para sua vida?
Como você toma suas decisões?
Você segue seus princípios?
Dá importância aos valores?
O passo que se dá no presente é muito importante, pois ele que guia o nosso destino.
De acordo com suas próprias decisões seu futuro é traçado.
Na vida não há o que temer.
Quanto mais atenção se dá aos fatos do dia-a-dia, maior a consciência que tem-se sobre tudo que ocorre.
Não tenha medo de ser quem você quer ser.
Não projete tanto em cima da vida.
Não viva em sistemas ilusórios que prometem uma segurança que não existe.
Viva de acordo com a Verdade. Essa é universal, única, e para todos, sem distinções.
Seja livre.
O Self é ilimitado.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Sobre o amor...

O amor que conhecemos racionalmente não é o amor real.
O amor que estamos acostumados a amar tem a ver com o ego.
Amar esperando ser amado.
Quem espera algo?
Quem tem expectativa?
O ego.
Não é o Eu real.
O amor verdadeiro é direcionado a qualquer ser, a tudo e todos que fazem parte deste mundo que vivemos.
O que é então esse amor?
Como distinguir o amor verdadeiro do ilusório?
A ilusão vem sempre da mente, aquela que cria, difere, julga, gosta, escolhe, sente...resumindo, a mente que cria separações.
O amor verdadeiro vem do coração.
Não do órgão físico, mas sim daquele ponto de luz que está vivo dentro de qualquer criatura deste universo.
Algo unico, sem distinções, que não precisa ser buscado ou conquistado. Já está e sempre esteve dentro, em você.
Tentar compreender com a mente cria barreiras a esse acesso.
Conhecer a sua própria natureza é o caminho para "encontrar" o amor pleno. Puro. Simples.

Meditação no presente

O que é o destino, se não o presente realizado?

Coisas que são assim, porque estão.
Outras que não foram e nunca serão.

Me distancio do barulho e agitação de fora.
E me aquieto no silêncio profundo.
Aqui dentro.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Quem sou eu?



Quem sou eu?
Ou
O que sou?

Se falo “quem” ainda me identifico como um corpo.

Se pergunto “eu” ainda me identifico com minha forma.

O que sou, além das projeções?

Me identificando com o corpo, ainda pergunto: Quem sou eu?
Sem essa identificação com o corpo, pergunto: O que sou?

Me reconheço como sendo o todo. Faço parte do todo.

Ao observar em estado de meditação a luz da vela na caverna, vi os raios de luz projetados na minha direção. Quando abria mais os olhos os raios diminuiam. Quando fechava devagar, via os raios em minha direção, como 5 riscos de luz, diminuindo e crescendo.
Não posso dizer que esse raio não existiu, porque o vi. Não é porque desapareceu que não mais está.
Considerando tudo que vemos, com os olhos ou com a mente, como real, tudo podemos. E tudo somos.
Não nos identificando com todas essas coisas, podemos estar conscientes dessa realidade ilusória que vemos e mesmo assim viver nela. Íntegros.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Meditação


São tantas coisas para observar.
Aplicar.
Mas tudo converge em uma só.
O AMOR.

Não esqueça do seu trabalho.
Olhar para seus medos.
Entrar em contato com o Self.
Destituir-se do Eu que você se identifica.
Manter o sagrado em si.

Conexão

SKANDASHRAM
onde Ramana viveu durante 7 anos

Subi Arunachala.
Conexão.
Meditação profunda.
Intensa.
Meu corpo endureceu.
Virou pedra.
Vi muita luz.

O que você ainda questiona?
As respostas você já tem.
É o momento de olhar para seus medos.
Quais são eles?
Já os identificou?

Existem energias positivas e negativas.
As que te elevam a luz e as que te levam a escuridão.
A escuridão é a unica coisa que te distrai e a tira da luz.
As vezes a energia é tão forte, mesmo sendo positiva, que de tão intensa chega a dar medo.
Você consegue identificar de que tem medo?
Medo da morte?
Medo da morte do seu Eu?

Arunachala


Meu corpo é tão sagrado quanto esta montanha.

Arunachala.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tudo que você procura está ai



Por-do-sol incrível em Tiruvannamalai



Por que pensar que devemos buscar a iluminação se já somos seres de luz?
Procurar por algo que você já possui é se perder.
Talvez tenha que ir um dia muito longe para encontrar tudo que precisa dentro de si.
Mas viver por uma busca incessante externamente é perda de tempo.
Algo tão simples se torna impossível, sem solução. Para a mente.
Uma busca sem fim de algo que achamos que não conhecemos.
Se torna um caminho perdido.
Sem sentido.
Ter contato com pessoas na mesma vibração percebo que é um avanço.
Não digo que deve-se retirar e não ter mais contato com pessoas que estão em outra energia.
Porém é mais auspicioso para o sadhana relacionar-se com outros que emanam a mesma vibração.
Assim, há uma troca constante. Aprendizado e crescimento para ambos.
Parece complicado, mas não é.
Um exemplo: se você sai de um encontro feliz, bem, com a sensação de que doou energia e a recebeu em troca, falou e foi escutado, ouviu com aceitação e retornou com algum aprendizado, esse encontro valeu a pena. Houve troca.
Por outro lado, se você sai de um encontro com a sensação de vazio, perda, sem energia, em que você somente doa e é “sugado”, deve tomar cuidado, saber se proteger e filtrar, para que esse tipo de situação não seja uma constante.
Observar tudo na vida parece ser um trabalho árduo. Mas não é perda de tempo.
Temos que saber com quem nos relacionamos.
Para onde direcionamos nossa preciosa energia.
Estar atento para que cada passo, seja dado para frente.
Se há duvida, a melhor opção é parar e observar, meditar. Para então seguir.
Não perca tempo.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Satsang com Mooji


Estou a 1 semana em Tiru e já perdi a conta de quantas pessoas me perguntaram se estou aqui por causa do Mooji. Um homem jamaicano, iluminado, que dá palestras pelo mundo, ajudando as pessoas a encontrar respostas sobre o Self. A resposta é óbvia, não. Já o vi uma vez, no dia da super caminhada de 12km, mas naquele dia a atração definitivamente não foi ele, pelo menos para mim.
Então me programei e fui hoje cedo no famoso Mooji`s Satsang.
A primeira informação que eu havia recebido foi: chegue cedo, umas 9h, pra ficar na fila, senão sentará muito longe.
Me perguntei: 1h antes? O Satsang começa às 10h. E qual o problema de sentar longe? Vou para ouvi-lo, não para vê-lo. Não faz sentido vir antes pra ficar na fila... Ok, humanos não assim em qualquer lugar, adoram se “organizar” numa fila.
Cheguei às 10h e pouco, atrasada, afinal passo ponto-e-virgula tem que ser com muita paciência...
Encontrei um lugar bem grande, lotado. Devia ter mais de 200 pessoas sentadas.
Uma moça arrumou um cantinho para mim. Já tinha começado.
Uma observação: Satsang significa estar em boa companhia. E funciona da seguinte forma: quem tem duvida vai lá na frente, o cumprimenta, senta, pega o microfone e faz a pergunta.
Ou seja, tudo pode acontecer.
E foi assim, por duas horas, as pessoas perguntavam (algumas não...só queriam abraço) e ele respondia. Quem não pergunta fica lá escutando, meditando, enfim, o que importa num encontro destes é você estar presente, e na real sem muitos questionamentos, afinal se você está ali, tem algum motivo.
Já que gosto muito de observar e também me conectar, para mim está tudo bem. Mas o que percebi, pelas perguntas, é que as pessoas estão muito perdidas. Não consegui compreender (e nem é problema meu) por que a maioria questiona a mesma coisa, em palavras distintas. Deposita-se tudo no Guru, mas é esquecido que ele não vai solucionar os seus problemas. A única pessoa que pode fazer uma mudança é você mesmo.
Falar do Self, de encontrar a resposta da pergunta “quem sou eu?”, é fácil. A grande dificuldade de cada um está em fazer o dever de casa.
Olhar para si. Encarar os próprios problemas da mente. Dissipa-los aos poucos. Isto é, trabalhar duro, dia-a-dia.
Poucos estão dispostos.
Falar ahhh vivo em eterna bliss...JOY! Se você consegue olhar lá dentro e realmente sentir, de coração aberto esse AMOR universal, continue nesse caminho. Pois não parou por aí.
Enquanto estiver vivo nesse corpo, trabalhe, faça o seu dharma. Pois como Krishna fala para Arjuna no Bhagavad Gita: Melhor você fazer o seu dharma mal-feito, mas faze-lo. Do que fazer o dharma de outro, bem feito.
Não sei se voltarei. Talvez sim, talvez não.
Na verdade, isso não importa.
Just being...
Namaste!

This is India


Nada na Índia é realmente fácil. Tudo vira uma função.
Difícil é explicar isso.
Resolvemos nos mudar. Já que a viagem foi estendida, a casinha onde 3 pessoas moravam pra ficar 5 dias estava ao ponto de explodir.
Depois de 2 dias de busca, nos mudamos. O que poderia ser simples.
Ok, cheguem às 14h que vamos limpar a casa e providenciar mais dois colchões (só tinha um colchão na casa com dois quartos).
Fomos pontuais.
A casa estava muito suja e foi avisado que só seria providenciado um colchão.
Função... Varremos a casa. Compramos colchão no centro, na fabrica de colchões de um cara que encontramos. Supermercado, balde, pá, panela, aquecedor de água...e chega em casa tem que negociar com o cara do rickshaw, como sempre. Resumindo, a tarde toda batendo perna, caminhando com o calcanhar, num baita calor.
Num banheiro tem aquecedor para a água e privada.
No outro banheiro, indiano e sem aquecedor.
Ligando o aquecedor a surpresa: ele só aquece a água da torneira que fica na parede, pra tomar banho de balde. Não aquece o chuveiro.
Me divirto...
This is Índia.

The simple art of being


Porque fazer nada é inútil?
Estar é uma arte.
Viver o presente sem ter um objetivo concreto.
Quando estou em casa sempre tenho que criar algo para fazer. Se não faço nada, invento, ou durmo.
Aqui, até dormir é um ato consciente.
Há presença.
Há entrega.
Há bliss.

A eterna felicidade de viver o presente.
Sem preocupar-se com o futuro.
Sem recordar o passado.

Simples assim.
Just being.

Pé sagrado


Agradeça seu pé por você estar aqui.
Como está seu pé sagrado?

Que  coisa engraçada ouvir essas frases...
Mas no fundo sei que é a pura verdade.
A pequena resistência que testemunhei em aceitar o que me foi dado já foi embora, durou pouco.
Virou passado.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Escrevo para saber

o sagrado está em tudo


"Na falta de saber, escrevo; e uso os grandes termos da Verdade alheios conforme as exigências da emoção. Se a emoção é clara e fatal, falo, naturalmente, dos deuses e assim a enquadro numa consciência do mundo múltiplo. Se a emoção é profunda, falo, naturalmente, de Deus, e assim a engasto numa consciência una. Se a emoção é um pensamento, falo, naturalmente, do Destino, e assim a encosto à parede."

Fernando Pessoa – Livro do Desassossego

Equívoco humano


Enganados estão 
aqueles que pensam que possuem 
alguma coisa.

Acordei

Acordei, com menos dor que ontem e também aceitando o presente, sem sofrimento nem perguntas.
Mas como a mente adora perguntar, após o banho, ouvindo Far Behind do Eddie Vedder, passando pomada no pé, veio a questão: O que será que vai se passar?
Observei, claro que não tive resposta, já que o futuro não existe.
E consertei o verbo: O que será que está se passando?



Impermanências


Incrível a intensidade que começou a minha viagem.
Como tudo na vida terrena é impermanência, chamado aqui na India de maya, o “jogo” de ilusão, fui colocada em situações completamente contraditórias em pouquíssimo tempo.
Domingo, um dia que me pegou de surpresa. Foi-me dada a felicidade do viver, estar, rir absurdamente, descobrir a bela intensidade do presente. Caminhei despretensiosamente por 12km, sem me cansar nem reclamar, e vi Arunachala de todos os ângulos.
Segunda, um dia calmo, que eu queria estar comigo mesma. Após praticar sozinha e tranquila, tomei café-da-manhã e meditei no Ramanashram, também só. Voltei para casa feliz, descansei, li e então resolvi sair para almoçar. Levei a bicicleta, a mais antiga que já andei, caminhei uns 10 passos de casa, subi na bike e…cai. Forma mais besta de cair, impossível. Virei o pé esquerdo mas achei que não seria nada, então continuei a aventura até o restaurante. Não podia mais ficar sozinha, encontrei o amigo Gabriel, senti que o encontraria lá. Quando sentei, vi uma bola no canto do pé, e outro presentimento…isso não tá legal. Depois de uma novela indiana, pois no retaurante não tinha gelo, usei o copo de refrigerante gelado do amigo no pé, coloquei um pote de sorvete como impoviso, fui então ajudada por outra amiga, Luiza, e fiquei com gelo no pé. Na hora de voltar, quando criei coragem, não consegui pisar. Ai que dor! Caminhei e pulei degraus como saci, meu amigo chamou um rickshaw, e nesse meio tempo recebi alguma opiniões sobre o que fazer e ganhei mais gelo. Comprei pomada e faixa, e vim pra casa.
Agora aqui estou. Já vi filme, li livro, pensei na vida como é doida mesmo, chorei, tomei remédio e só lamento não ter internet (ela vem e vai, como tudo).
Não tenho idéia qual será o próximo capitulo de mais uma aventura na India. Como tudo está certo como está. Sei que tudo passa. E que há algum motivo… Tento acalmar meu coração, sorrir para a louca impermanência e torço para poder ir bem a Mysore.
Será que Arunachala quer que eu fique?
Still going with the flow…

domingo, 2 de janeiro de 2011

Let it be

Hoje foi o dia exemplo de: Going with the flow.
A vida poderia ser sempre assim, tudo seria muito mais fácil, mais compreendido.
Não haveria mais preocupação alguma. Tudo na vida seguiria seu fluxo natural, da maneira que as coisas devem ser.
Quando nos programamos colocamos projeção, expectativas sobre fatos que muito provavelmente seguirão de uma forma distinta da que imaginamos.
Seguir o fluxo é seguir o coração. Olhar um fato como uma oportunidade. Sem qualquer restrição da mente em dizer...será? Não, simplesmente dizer sim, eu vou.
Quantas vezes você sai de casa sem nenhum destino certo?
Quando você sai com pessoas que nunca viu na vida?
Quantos dia você passa sem dar gargalhadas?
Quando, ao invés de pegar o carro, você sai caminhando pela rua, ou estrada, sem se preocupar com o tempo?
E ao largar o carro você se entrega ao presente, observa os detalhes da natureza e tem a maravilhosa surpresa de viver o AGORA?

Pois é, estou somente a 3 dias na India e passei hoje por um dia incrível. Completamente impossível colocar em palavras a experiência que vivi, afinal o presente que contava já virou passado. E já que foi vivido por mim, e mais duas pessoas que até então eram desconhecidas, o presente foi dado a nós.
O que nos resta como grande lição, é espalhar a todos que cruzarem nossos caminhos, a felicidade.
A liberdade de poder ser quem somos. Sem medo de ser feliz.

Ma, Chatne, Rose



Amor animal

Sugestivo...rest-A-while park
Blessed by Shaki & Shiva

Happy New Now!

Descobrindo o poder de viver o Agora.
Continue sendo quem você é, porque na verdade isso não importa.
Seja verdadeiro e siga teu caminho.
Sem se esquecer o que busca.
Sem se perder na mente.
Sempre em direção a Verdade.
We have just to follow the path.


Happy New NOW!

When you`re strange


Começando a viagem, na rota SP-Paris, assisti ao documentário do The Doors. 

Assim começou a trip:

“If THE DOORS of perception were cleansed, 
everything would appear to man as it is. 
INFINITE”.

Filme When you`re strange – The Doors