sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Satsang com Mooji


Estou a 1 semana em Tiru e já perdi a conta de quantas pessoas me perguntaram se estou aqui por causa do Mooji. Um homem jamaicano, iluminado, que dá palestras pelo mundo, ajudando as pessoas a encontrar respostas sobre o Self. A resposta é óbvia, não. Já o vi uma vez, no dia da super caminhada de 12km, mas naquele dia a atração definitivamente não foi ele, pelo menos para mim.
Então me programei e fui hoje cedo no famoso Mooji`s Satsang.
A primeira informação que eu havia recebido foi: chegue cedo, umas 9h, pra ficar na fila, senão sentará muito longe.
Me perguntei: 1h antes? O Satsang começa às 10h. E qual o problema de sentar longe? Vou para ouvi-lo, não para vê-lo. Não faz sentido vir antes pra ficar na fila... Ok, humanos não assim em qualquer lugar, adoram se “organizar” numa fila.
Cheguei às 10h e pouco, atrasada, afinal passo ponto-e-virgula tem que ser com muita paciência...
Encontrei um lugar bem grande, lotado. Devia ter mais de 200 pessoas sentadas.
Uma moça arrumou um cantinho para mim. Já tinha começado.
Uma observação: Satsang significa estar em boa companhia. E funciona da seguinte forma: quem tem duvida vai lá na frente, o cumprimenta, senta, pega o microfone e faz a pergunta.
Ou seja, tudo pode acontecer.
E foi assim, por duas horas, as pessoas perguntavam (algumas não...só queriam abraço) e ele respondia. Quem não pergunta fica lá escutando, meditando, enfim, o que importa num encontro destes é você estar presente, e na real sem muitos questionamentos, afinal se você está ali, tem algum motivo.
Já que gosto muito de observar e também me conectar, para mim está tudo bem. Mas o que percebi, pelas perguntas, é que as pessoas estão muito perdidas. Não consegui compreender (e nem é problema meu) por que a maioria questiona a mesma coisa, em palavras distintas. Deposita-se tudo no Guru, mas é esquecido que ele não vai solucionar os seus problemas. A única pessoa que pode fazer uma mudança é você mesmo.
Falar do Self, de encontrar a resposta da pergunta “quem sou eu?”, é fácil. A grande dificuldade de cada um está em fazer o dever de casa.
Olhar para si. Encarar os próprios problemas da mente. Dissipa-los aos poucos. Isto é, trabalhar duro, dia-a-dia.
Poucos estão dispostos.
Falar ahhh vivo em eterna bliss...JOY! Se você consegue olhar lá dentro e realmente sentir, de coração aberto esse AMOR universal, continue nesse caminho. Pois não parou por aí.
Enquanto estiver vivo nesse corpo, trabalhe, faça o seu dharma. Pois como Krishna fala para Arjuna no Bhagavad Gita: Melhor você fazer o seu dharma mal-feito, mas faze-lo. Do que fazer o dharma de outro, bem feito.
Não sei se voltarei. Talvez sim, talvez não.
Na verdade, isso não importa.
Just being...
Namaste!

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