sábado, 11 de maio de 2013

O real do irreal


OM namah
                             
                                   Arunachala

Shiva

Separar o que é real, do irreal.
É identificar aquilo que passa e olhar para aquilo que está.
O que fica e nunca vai, é.
O que vem e vai, não é.
Identificar é observar, estar atento para saber, ser sagaz no momento de perder.
Saber ir e retornar.
Olhar para o instável e reconhecer que não é.
O pensamento,
O sentimento,
O momento,
Faz parte do irreal.
Querer não é nada mais que fazer parte de um estado mental que não existe.
É irreal.
Sentir não é nada mais que se apegar a um estado mental momentâneo.
A dor, passa.
A raiva, passa.
A paixão, passa.
A emoção, passa.
É irreal.
Os pensamentos se formam pelo irreal.
O apego se dá pela lembrança do que nunca foi real.
Os vícios existem se há apego.
E só através da identificação do que é irreal que um pode se tornar livre do sofrimento e apegos.
Já que só o que é real existe.
E fica.
Tudo faz parte de um jogo mental, onde um desafia a vida, brinca com a morte.
Sofre buscando a felicidade no passageiro.
E esquece de viver o estar agora, com a ânsia de querer ser o irreal.
Não há nada mais real que o agora.
A verdade está em viver a verdade.
Só existe uma verdade real.
Ser a vida agora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário