quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Quando vejo, já mudei

Várias vezes já pensei...por que será que nunca percebemos que envelhecemos?
Talvez porque seria assustador acordar, olhar no espelho e se dar conta da mudança, da noite pro dia.
Perceber a mudança pode ser mesmo assustador se a pessoa não está preparada.
Meu corpo tem mudado há alguns anos, desde que comecei a praticar. E durante todo esse processo doeu, dói, por dentro, por fora, nos nervos, às vezes dói até o cabelo, a unha... Mas poucas vezes me dei conta do dia da mudança, afinal, já que é um processo não tem um dia específico. Vai mudando...todos os dias.
Essa é a natureza, não só humana, mas do Todo. Mudança. Transformação.
Nada, simplesmente NADA é igual.
Eu não sou a mesma nunca. Estou em constante transformação.
Mudando. Transmutando. Envelhecendo.
Quando era criança achava que minha mente também envelheceria. Hoje em dia percebo que ela acompanha um processo de maturidade, que vai indo junto com o corpo. Porém ela não envelhece nunca. O corpo sim, tem idade. Mas já que a mente não tem idade, posso ser um Ser jovem, uma criança madura, para sempre.
Ah, isso é libertador...poder me desidentificar do corpo e te-lo mesmo como o meu instrumento, que vou continuar cuidando, claro, com muito amor.
Então assim, posso manter a minha prática diária, livre e feliz, encarando as mudanças, as dores e flexibilidades como partes do processo, mas não O processo em si.
Afinal, tudo muda...
Hoje sou o que não fui ontem e não serei amanhã.
Só sei que estou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário